File:Ricardo Saavedra.JPG

Summary[edit]

Ricardo de Saavedra, jornalista e escritor, nasceu em Lisboa (1941). Iniciou o jornalismo profissional no jornal A Voz e na revista Flama, antes de ser mobilizado para Moçambique como alferes miliciano do Exército. Acabado o serviço militar, radicou-¬se em Lourenço Marques, ali casou e teve quatro filhos. Foi professor do Ensino Secundário e subchefe de redacção e chefe de serviços do matutino Noticias daquela cidade, que deixou para dirigir uma agência noticiosa. Após a rebelião popular de 7 de Setembro de 1974, na qual participou, refugiou-se na África do Sul. Colaborou na Rádio RSA da South African Broadcasting Corporation, foi chefe de redacção do Paralelo 27 na Rádio Suázi, director de uma revista e de um semanário. Nos últimos anos de estada na África do Sul desempenhou funções de secretário-geral do Directorate for Portuguese Affairs, influente associação de empresários portugueses e sul-africanos. Regressado a Portugal em 1987, trabalhou como freelancer e durante cerca de um ano escreveu o romance Os Dias do Fim, que interrompeu ao ingressar nos quadros do Diário de Noticias. Sucessivamente foi editor de economia, director-adjunto da revista Notícias Magazine, editor executivo e director de publicações especiais, cargo que desempenhou também no Jornal de Notícias durante três anos. A Associação Mundial de Jornalistas de Economia, com sede em Nova Deli, na Índia, elegeu-o, em dois mandatos seguidos, membro do seu conselho de administração. Enquanto director de publicações especiais foi responsável por várias edições de grande tiragem, das quais se destacam Notícias do Milénio (suplemento de mil páginas, 1999), Enciclopédia dos Europeus de Futebol (quatro volumes, 2004) e Anuário Notícias (2005). Publicou dois livros de reportagem, Adamastor – Sete nas Rotas de Quinhentos (de co-autoria, Lourenço Marques, 1971) e Aqui Moçambique Livre (Joanesburgo, 1975, cinco edições), além de Por Dez Réis de Liberdade e uma Forca (Joanesburgo, 1977, contos), Azimute de Marcha (Lisboa, 1988, poesia) e António Ribeiro, Patriarca de Lisboa (de co-autoria, entrevista, Lisboa, 1996). Os Dias do Fim (Lisboa, 1995), com segunda edição, revista e ligeiramente aumentada em 2008, foi o seu primeiro romance. Escrito no polémico estilo da chamada «literatura híbrida» – onde a ficção se alimenta na realidade quotidiana – trata-se da primeira obra literária de grande fôlego, vista pelo lado de dentro, da descolonização portuguesa.

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